Estatisticamente falando, é provável que você nunca cometa um crime. Pelo menos não um muito sério. Possivelmente você nunca vai roubar um carro estacionado na sua rua no caminho para a padaria, nem vai se envolver em um tiroteio com policiais na porta do banco. É daí que vem o apelo da franquia “Grand Theft Auto”, criada em 1997 pela DMA Design, atualmente conhecida como Rockstar North.
Em 22 de outubro de 2001, saiu, para PlayStation 2, “Grand Theft Auto III” e o mundo não foi mais o mesmo. Os limites do videogame se abriram de uma forma assombrosa e um novo gênero praticamente surgiu do dia para a noite. Comemorando os 10 anos do clássico, relembramos todos os jogos da franquia, das humildes origens 2D para os gigantescos mundos abertos, nos consoles e portáteis.
Grand Theft Auto | DMA Design | 1997 | PlayStation, PC
Com uma jogabilidade truncada e estranha e uma câmera fixa de cima para baixo, o começo da franquia não foi dos mais brilhantes, recebendo reviews medianos da crítica. Ainda assim, o jogo plantou as sementes para o resto da franquia, como o foco na criminalidade, a ideia de colocar rádios nos carros e as três cidades que aparecem na maior parte dos games: Liberty City, Vice City e San Andreas.
Grand Theft Auto: Mission Packs | DMA Design | 1999 | PC, PlayStation
Composto de dois pacotes de expansão, o “Mission Packs” é uma espécie de realidade paralela no universo GTA. Os dois são os dois únicos games da franquia que se passam em uma cidade real, no caso, Londres na década de 60. O jogador controla Sid Vacant (uma brincadeira com Sid Vicious, baixista do Sex Pistols) e encontra personagens condizentes com a Inglaterra da época, como hippies e uma espécie de James Bond. Apenas a primeira parte do pacote, “London 1969”, chegou ao PlayStation.
Grand Theft Auto 2 | DMA Design | 1999 | PC, PlayStation
“GTA 2” é mais uma expansão gigantesca do que uma verdadeira sequência. O jogo introduz novos elementos, como diversas gangues rivais e uma maquiagem gráfica, mas acaba sendo mais do mesmo, com a jogabilidade esquisita e a câmera fixa. GTA 2 também não deixa clara a cidade na qual se passa, embora seja aparentemente Liberty City. Melhor que o primeiro, divertido, mas ainda problemático.
Grand Theft Auto 3 | DMA Design | 2001 | PC, PlayStation 2, Xbox
O mundo não estava preparado para “Grand Theft Auto 3”. O primeiro game da série aclamado pela crítica revolucionou os jogos de ação, com uma liberdade sem precedentes na época. No papel de um protagonista silencioso (normalmente chamado de Claude, mesmo que não seja chamado assim em nenhum momento do game), o jogador se aventura em uma cidade viva, totalmente em 3D, realizando missões para diversas gangues. Aqui é o marco zero da expansão do gênero sandbox e a fôrma na qual foram moldados, de uma forma ou outra, todos os “GTAs” posteriores.
Grand Theft Auto: Vice City | Rockstar North | 2002 | PC, PlayStation 2, Xbox
Ambientado na cidade fictícia de Vice City, inspirada descaradamente em Miami, o game coloca o jogador, pela primeira vez na franquia, no papel de um protagonista com voz e personalidade. Tommy Vercetti, dublado por Ray Liotta, é um ex-presidiário e mafioso de Liberty City que se aventura em Vice City nos anos 80, perseguindo a riqueza por meio de extorsão e tráfico de drogas. O game introduz também motocicletas, barcos e helicópteros e a possibilidade de comprar propriedades. Praticamente o game do “Scarface” antes de... bem, criarem um game do “Scarface”.
Grand Theft Auto: Advance | Digital Eclipse | 2004 | GameBoy Advance
O primeiro GTA portátil é também o primeiro game da série não desenvolvido pela equipe da DMA Design/Rockstar North. GTA: Advance retorna ao estilo gráfico dos primeiros jogos da franquia, com a câmera fixa e os gráficos 2D, e a trama se passa antes de GTA III, incluindo alguns personagens do game, como 8-Ball e King Courtney. Limitações de hardware acabam minando a diversão aqui, mas é uma boa alternativa se você quiser levar a criminalidade para todos os cantos.
Grand Theft Auto: San Andreas | Rockstar North | 2004 | PC, PlayStation 2, Xbox
“San Andreas” é o “GTA” mais ambicioso já lançado e, possivelmente, o sandbox mais ambicioso de todos os tempos. O mundo de jogo é enorme, com três cidades gigantescas interligadas por áreas rurais, florestas, postos de gasolina, etc. O roteiro coloca o jogador em uma California fictícia dos anos 90, na pele do protagonista, C.J., que precisa reerguer sua gangue e disputar espaço com outras etnias.
O jogador pode roubar aviões comerciais, caças, pular de para-quedas, vagar entre as cidades, apostar em cassinos, comer, malhar, comprar roupas, engordar, emagrecer, mudar o cabelo, conseguir namoradas. Além dos já habituais sistemas de tiro e corrida, a série ganhou elementos de RPG e um modo multiplayer, além de uma plástica nos gráficos.
Grand Theft Auto: Liberty City Stories | Rockstar Leeds/North | 2005 | PSP, PS2
“Liberty City Stories” marca a primeira vez que um GTA foi levado para os portáteis mantendo a jogabilidade 3D e uma cidade grande para explorar. No papel do mafioso Toni Cipriani, o jogador precisa limpar o nome do personagem em uma trama que se passa antes de “GTA III”. Algumas características de “San Andreas” foram mantidas, como customização de roupas, mas o game, até mesmo por limitações de hardware, diminui bastante a área a ser explorada e os elementos de RPG. No PSP, “Stories” contava ainda com um modo multiplayer local para até seis jogadores.
Grand Theft Auto: Vice City Stories | Rockstar Leeds/North | 2006 | PSP, PS2
Ambientado nos anos 80, “Vice City Stories” conta a história de Victor Vance, irmão de Lance, um dos personagens principais de “GTA: Vice City”. O game traz uma mecânica de controle de territórios na cidade baseada nas guerras de gangue de “San Andreas” e na compra de propriedades de “Vice City”. O sistema de combate corpo a corpo foi retrabalhado, com o jogador podendo agarrar seu adversário e montar em cima dele no chão, distribuindo socos. A versão de PlayStation 2 traz conteúdo extra, mas perde o modo multiplayer.
Grand Theft Auto IV | Rockstar North | 2008 | Xbox 360, PS3, PC
A segunda grande revolução na série “GTA” veio com o salto para a nova geração. No papel do ambicioso e psicótico imigrante russo Niko Bellic, o jogador entra mais uma vez em Liberty City, desta vez atualizada com novos gráficos, física e jogabilidade.
O game reduz a ambição de San Andreas, limando de vez os elementos de RPG, aviões e, focando a narrativa, apura todos os elementos. Dos maiores aos menores detalhes, a cidade virtual de GTA IV é uma das mais vivas já construídas em um videogame, com cidadãos lendo jornais na rua, funcionários limpando vidros das lojas e policiais perseguindo ladrões.
O modo multiplayer também foi integrado à experiência dos consoles, com o jogador ativando as partidas por meio do celular. “GTA” nunca teve uma trama tão profunda e uma jogabilidade tão viciante quanto em sua quarta versão.
Grand Theft Auto: The Lost and the Damned | Rockstar North | 2009 | PC, PS3, Xbox 360
O motoqueiro Johnny Klebitz não leva desaforo para casa. Nem ele, nem seus amigos tatuados e mal-encarados da gangue de motoqueiros The Lost, protagonistas dessa expansão de GTA IV. Com um visual e trama muito mais sombrios que GTA IV, que “The Lost and the Damned” mostra o verdadeiro submundo de Liberty City. Não é tão bom – nem tão longo – quanto a aventura principal, mas modifica drasticamente a jogabilidade nas motos, que em GTA IV é muito sensível.
Grand Theft Auto: Chinatown Wars | Rockstar Leeds | 2009 | Nintendo DS, PSP
Com gráficos baseados em quadrinhos (pelo menos no DS) e uma câmera livre, mas colocada acima da ação, “Chinatown Wars” é diferente de todos os outros jogos da série. O jogo traz mecânicas variadas, como minigames para roubar os carros e, em uma opção controversa, o jogador pode traficar drogas pela cidade. O game também se passa em Liberty City e é o primeiro da série com um protagonista oriental.
Grand Theft Auto: The Ballad of Gay Tony | Rockstar North | 2009 | Xbox 360, PS3, PC
Diversão é a palavra chave em The Ballad of Gay Tony. No papel de Luis Fernando Lopez, o primeiro protagonista latino da franquia, o jogador atua como um segurança do extravagante magnata das boates, Anthony Prince. O game traz missões absurdas, recheadas de explosões, armas insanas (como a escopeta automática com balas explosivas) e uma trama mais leve e descontraída que “The Lost and the Damned” e “GTA IV”. Como novidades, o game resgatou de “San Andreas” os pára-quedas e introduziu “clubes da luta” pela cidade, aonde o jogador pode enfrentar adversários no mano a mano, valendo dinheiro.
Plataformas: _Xbox 360_ | _PS3_ | _PC_ | _DS_ | _PSP_
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