Apesar das vitórias contundentes dos brasileiros Maurício Shogun, Rodrigo Minotauro e Anderson Silva, o maior nocaute do UFC Rio aconteceu fora do octógono.Em um só golpe, o evento conseguiu derrubar todos os tabus que, há anos, privavam o vale-tudo do merecido destaque e reconhecimento em seu país de origem.
Em 2005, quando o Pride japonês era o maior evento de lutas do mundo, seus executivos chegaram a cogitar uma edição no Rio de Janeiro. Visitaram empresas, ginásios e até o maracanã. Mas recuaram, concluindo que o Brasil não estava maduro para um megaevento de lutas. Ironicamente, Shogun, Minotauro e Anderson eram algumas das estrelas do Pride naquela época.
O UFC Rio provou que os japoneses estavam errados. O grande mérito dos americanos foi ter aceitado correr o risco. A recompensa foi acertar em um alvo muito maior do que imaginavam. O próprio presidente do UFC, Dana White, admitiu que se tivesse ideia do potencial brasileiro teria realizado o evento em um estádio de futebol. E depois das lutas ainda revelou jamais ter visto em outro país uma torcida tão calorosa e barulhenta como a nossa.
O Pride japonês faliu dois anos depois de desistirem de fazer um evento no Brasil. Já o UFC, tudo indica ter descoberto um novo e promissor caminho para expandir seus domínios na América do Sul. Dana White já fala em instalar um escritório oficial no Brasil e negocia novas edições do UFC por aqui. A do Rio já esta garantida e entrará no calendário oficial do evento e da cidade. Mas também há edições sendo negociadas em Manaus, Brasília e São Paulo.
Fonte: Globo
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